Com a palavra... os profissionais da educação: relatos de experiência sobre o trabalho educacional
A presente obra intitulada Com a palavra… os profissionais da educação consiste numa coletânea que apresenta relatos de experiências de profissionais atuantes na área educacional. As ideias presentes nas seções desta coletânea se estruturam a partir das questões problematizadoras: 1) Quais são os desafios e percalços enfrentados por profissionais que trabalham na área da educação na atualidade? 2) O que dizem eles sobre suas vidas profissionais? 3) Quais são os debates teóricos possíveis de se realizar, a partir das experiências vividas nas instituições de ensino? A realização deste trabalho partiu da necessidade de abrir espaço para se ouvir as vozes daqueles que trabalham na área. Partimos de uma compreensão de que existem muitas histórias vividas no ambiente escolar que devem ser conhecidas, e relatadas por aqueles que as viveram.
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Leia os capítulos separadamente
CAPÍTULO 1 – É POSSÍVEL INCLUIR SEM EXCLUIR?
CHAPTER 1 – IT IS POSSIBLE TO INCLUDE WITHOUT EXCLUDING?
Aline Martins de Almeida
CAPÍTULO 2 – AÇÃO DOCENTE ENQUANTO OBJETO DE ANÁLISE SOCIOHISTÓRICA DA CONTEMPORANEIDADE NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
CHAPTER 2 – TEACHING ACTION AS THE OBJECT OF SOCIO-HISTORIC ANALYSIS OF CONTEMPORARYITY FROM THE PERSPECTIVE OF SPECIAL EDUCATION
Higor Ribeiro de Araújo Lima Macedo
CAPÍTULO 3 – DESAFIOS DA DIREÇÃO ESCOLAR NA PANDEMIA DA COVID/19: UMA EXPERIÊNCIA NA REDE MUNICIPAL DE SÃO PAULO
CHAPTER 3 – CHALLENGES OF SCHOOL DIRECTORS IN THE COVID/19 PANDEMIC: AN EXPERIENCE IN THE SÃO PAULO MUNICIPAL NETWORK
Izolda Maria Batista
CAPÍTULO 4 – DE ALUN@ PARA PROFESSOR@: RITOS DE PASSAGEM NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE
CHAPTER 4 – FROM STUDENT TO TEACHER: RITES OF PASSAGE IN THE CONSTRUCTION OF THE TEACHER’S IDENTITY
Cristina Leika Horii
CAPÍTULO 5 – EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS DE UMA PROFESSORA INICIANTE: TERCEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM FOCO
CHAPTER 5 – EXPERIENCES AND PRACTICES OF A BEGINNER TEACHER:THIRD YEAR OF ELEMENTARY EDUCATION IN FOCUS
Fernanda Oliveira Costa Gomes
CAPÍTULO 6 – OS DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTE: TRANSGRESSÕES EVIOLÊNCIA NA ESCOLA
CHAPTER 6 – THE CHALLENGES OF THE TEACHING PROFESSION: TRANSGRESSIONS AND VIOLENCE AT SCHOOL
Elaine Aparecida Pereira
CAÍTULO 7 – LIMITES E POSSIBILIDADES NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA REFLEXÃO METODOLÓGICA
CHAPTER 7 – LIMITS AND POSSIBILITIES IN THE PROCESS OF TEACHING AND LEARNING THE ENGLISH LANGUAGE IN BASIC EDUCATION: A METHODOLOGICAL REFLECTION
Hugo Leonardo de Almeida
CAPÍTULO 8 – ENSINO REMOTO E PANDEMIA: BREVES CONSIDERAÇÕES
CHAPTER 8 – REMOTE EDUCATION AND PANDEMICS: BRIEF CONSIDERATIONS
Sandra Maria Sanches
CAPÍTULO 9 – IDENTIDADE E MEMÓRIA: RESSIGNIFICANDO CAMINHOS
CHAPTER 9 – IDENTITY AND MEMORY: RESIGNING PATHS
Lúcia Matias da Silva Márcia Maria Martinelli Elias
CAPÍTULO 10 – O CEFAM E A FORMAÇÃO INICIAL DE UMA GERAÇÃO DE PROFESSORES
CHAPTER 10 – CEFAM AND THE INITIAL TRAINING OF A GENERATION OF TEACHERS
Diego Moreira
CAPÍTULO 11 – RELATO DE EXPERIÊNCIA NA PANDEMIA: A ATIVIDADE DOCENTE EM TEMPOS DE CORROSÃO DE DIREITOS E AMPLIAÇÃO DO TEMPO DE TRABALHO
CHAPTER 11 – REPORT OF EXPERIENCE IN THE PANDEMIC: TEACHING ACTIVITY IN TIMES OF CORROSION OF RIGHTS AND EXPANSION OF WORKING TIME
David Budeus Franco
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Existe uma máxima que afirma que: “ou publica ou perde”. Nesse sentido, é óbvio que a relação entre agir e escrever é necessária enquanto registro de um povo letrado, que passa os achados e conquistas uns aos outros, além da tradição oral. Em verdade, quase tudo que se publica é o reflexo ou o resultado do que se realiza enquanto pesquisador, cientista e, no nosso caso, como profissional, constitui-se modo de refletir sobre o trabalho realizado, partilhando boas ideias e servindo de luz para o caminhar de outros profissionais. A palavra escrita completa a palavra falada. Ambas induzem à ação. Tem razão o Pe. Antônio Viera. Assim, a palavra pode semear, fundar a ideia, mas para colhê-la, viver, agir é preciso, e mais ainda partilhar com outros.
De acordo com essas reflexões, este e-book compila relatos de experiências em boas práticas das escolas circunscritas a 9ª Diretoria Regional da Educação e da Cultura (9ª DIREC) que se compõe por: Currais Novos, Cerro Corá, Lagoa Nova, Tenente Laurentino, Florânia, São Vicente, Acari, Cruzeta, Parelhas, Carnaúba dos Dantas, Santana do Seridó, Equador. Definimos o Percurso Formativo 2020-2021 da 9ª DIREC em meio aos desafios impostos pela pandemia da COVID-19. De forma brusca e inesperada, com a circulação do novo coronavírus, todos tivemos que ficar em casa, em isolamento, o que gerou muitas incertezas e dúvidas de como seriam os próximos dias. Durante esse período, todos nós da Educação criamos novos fazeres pedagógicos e nos recriamos, coletivamente, ao buscar estratégias diferentes e ressignificadas para as respostas aos desafios que se descortinavam. Esse passado ainda não está acabado. Estamos em 2022 e ainda vivenciamos boa parte de todas as incertezas que a volatilidade deste século e do mundo atual nos expõem. Aqui, neste E-book, temos as nossas narrativas sendo vividas nesse novo tempo histórico.
A partir do contexto situado, muitas das questões sobre a crise da escola afloraram em um processo mais alargado temporalmente, e ainda atualmente, nesse início de 2022, a tensão da aceleração de seu processo no tempo histórico nos atravessa diariamente, ajudando-nos a construir novos sentidos para nossa vida, para o trabalho, para a escola e a para nossa atuação como sujeitos sociais e históricos. Cada um de nós é constituído de história, de experiências, de fragmentos das nossas memórias.
O movimento de escrever sobre essas vivências da escola é uma forma de nos reencontrarmos com essa história inédita, revisitar caminhos percorridos e vividos que foram fundamentais para nos tornarmos o que somos hoje. Deixamos o nosso registro, posto que a escrita eterniza e imprime a nossa marca na história. A pandemia ampliou nossas relações, os nossos diálogos, os nossos encontros: remotos ou presenciais, síncronos ou assíncronos. As noções temporais foram relativizadas, e a percepção das múltiplas temporalidades, nas quais se inscrevem os eventos, legitima o seu sentido como um passado que permanece, assola o presente e transita entre superações e resistências em um movimento que permite vislumbrar temporalidades múltiplas em um só objeto de estudo: a escola, os seus sujeitos e a nova forma de fazê-la, com ações, muitas vezes controversas. O fato é que, em âmbito local, regional ou global, a Educação Escolar dificilmente começará algo do zero, e isso mudará radicalmente os seus rumos.
Vamos refletir o movimento de ação-reflexão-ação como processo formativo durante a trajetória da execução das atividades não presenciais e até presenciais. Desejamos a todos uma ótima leitura e que a nossa marca aqui deixada contribua para novos fazeres na escola pública. Somos esse público resiliente!
Palavras-Chave: Ensino remoto. Contexto pandêmico. Currículo.
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A questão de fundo desse estudo é a discussão sobre as causas da evasão no ensino superior, a partir da compreensão do cotidiano da socialização acadêmica, considerando o processo de aprendizado dos conhecimentos do curso como inseparável da experiência de convívio e apoio entre os próprios estudantes. Com uma abordagem qualitativa, com uma abordagem com inspiração etnográfica e impressionista, com elementos da sociobiografia da autora, se fez uma pesquisa que com os estudantes dos cursos de Química, de Física e de Estatística, pertencentes ao Centro de Ciências Exatas e da Terra, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Talvez um dos nossos grandes achados tenha sido o das bases fenomenológicas na vida do estudante universitário para propor o conceito de socialização acadêmica interrompida. Considera-se, para esse conceito, que a evasão geralmente não acontece pela livre escolha do sujeito estudante, mas, ao contrário disso, ocorre por um rompimento progressivo com as condições acadêmicas e sociais de continuidade nos seus estudos. Não idealizamos a possibilidade de um contexto acadêmico imune à evasão no ensino superior: pela complexidade do tema, reconhecemos que não há maneiras fáceis e precisas de se diminuir a evasão, com tratamentos preventivos pontuais às múltiplas causas do abandono em um projeto institucional ingênuo e irrealista. No entanto, consideramos possível desenvolver estratégias que diminuam os índices dessas ocorrências na vida dos estudantes.
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