Sabemos que todo livro é lacunar e incompleto, as palavras ditas nem sempre conseguem expressar as alegrias, as dores, o processo. Mas é também uma tentativa de apresentar o mais próximo possível do real aquilo que foi vivido, a experiência compartilhada, o diálogo com outros materiais e autores.
Esse livro também é assim. Ele nasce de uma parceria que teve início em 2020, quando o grupo de pesquisa Observatório da Educação Pública entra em contato com dirigentes das secretarias de educação dos municípios do Rio Grande do Norte e da Paraíba para firmar parcerias no que diz respeito à formação continuada dos professores desses estados.
O e-book “Retratos da educação pública: experiências e relatos de práticas bem sucedidas” traz experiências exitosas de professores e de gestores de diferentes municípios da PB e do RN. Apesar dos desafios impostos diariamente no contexto escolar, esses protagonistas reconhecem na escola um lugar privilegiado de produção do conhecimento e de vivência da cultura, bem como um espaço de afeto, de criatividade e de imaginação.
Para manter viva essa atmosfera, e reconhecendo o compromisso da educação na vida dos sujeitos, os autores dessas experiências realizaram práticas que estão sendo aqui compartilhadas para instigar professores e profissionais da educação Brasil afora. Este livro expressa, portanto, uma educação polifônica e cumpre o seu papel ético de expor apostas individuais e coletivas, singulares e originais.
Cap. 1 – RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO 40/100: UM INÉDITO VIÁVEL EM MEIO À PANDEMIA
Karla Jakceline da Silva Nascimento, Lindjanne Manuelle M. da C. Araújo de Melo e Divoene Pereira Cruz Silva
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Cap. 2 – O CAMINHO PERCORRIDO PELA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO MUNICÍPIO DE CARNAÚBA DOS DANTAS/RN: REFLEXÕES ENTRE 1995 E 2021
Rúbia Raquel Dantas Roque, Luisa Bertilia de Medeiros e Regina Eleonora Dantas
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Cap. 3 – VIVÊNCIAS E PERSPECTIVAS DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE CAJAZEIRAS – PB DURANTE O ENSINO REMOTO
Abraão Vitoriano de Sousa, Celia Regina Costa e Maria do Socorro Delfino Pereira
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Cap. 4 – O RIO AÇU QUE CORRE EM MIM: UMA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR
Francisco Canindé da Silva e Maria José de Oliveira2
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Cap. 5 – EDUCAÇÃO NA PANDEMIA: DESAFIOS E PERCEPÇÕES DAS FAMÍLIAS DOS ESTUDANTES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE BERNARDINO BATISTA-PB
Karla Samara Andrade de Sousa, ; Luana Maria do Nascimento e Verônica Maria Pereira
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Cap. 6 – REINSERÇÃO E COMBATE À EVASÃO ESCOLAR POR MEIO DE PROJETOS SOCIOEDUCACIONAIS
Antoniely Anália Pinheiro, Kalliety Saraiva Lacerda e Elienêr Dantas de Amorim
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Cap. 7 – ESPERANÇA GERA ESPERANÇA: ALÉM DO CHÃO DA ESCOLA
Amadeu Santana de Oliveira, Ronaldo Macêdo e Telma Maria Santos de Araújo
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Cap. 8 – O ENSINO E A APRENDIZAGEM NO CONTEXTO DA PANDEMIA: MEDOS DESAFIOS E SUPERAÇÃO
Francisca Lindimar da Silva Andrade e Francisco Danilo Duarte Barbosa
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Cap. 9 – MONTE HOREBE CIDADE EDUCADORA: A EDUCAÇÃO NA TRILHA DA CONSTRUÇÃO DAS CIDADES EDUCADORAS
Edna Eustaquio de Oliveira Bandeira, Marcia Maria Nogueira e Daniel Dias de Almeida
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Cap. 10 – ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ NUNES DE FIGUEIREDO: 40 ANOS MOVENDO SONHOS E TRANSFORMANDO REALIDADES
Kiarelly Cícero Martins da Nóbrega, Hellen Angeline dos Santos Silva, Lívia de Araújo Costa e Rossana de Azevedo Martins Nóbrega
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Cap. 11 – UM NOVO OLHAR PARA O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM TEMPOS DE AULAS REMOTAS, NUM MUNDO PANDÊMICO
Bernardino Francisco da Silva Neto, Maria das Dores do Nascimento e Maria Betânia da Silva Oliveira
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Cap. 12 – EDUCAÇÃO REMOTA NA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PUREZA/RN: RESSIGNIFICANDO A PRÁTICA EM PERÍODO PANDÊMICO
Liliane Silva Câmara de Oliveira e Alana Pauline Silva de Carvalho
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Cap. 13 – FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: GARGALO, AVANÇOS E CONQUISTAS
Francisca Lindimar da Silva Andrade, Joana D’arc Ferreira de Araújo, Maria Aparecida Lopes Leite de Sousa e Maria de Fátima Antunes da Silveira
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Cap. 14 – COMPARTILHANDO SABERES PARA A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA PANDEMIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA JORNADA ON-LINE DE EDUCAÇÃO DE SANTA HELENA – PB
Rosângela Tavares Dantas de Souza, Luciana Dantas Sarmento da Silva e Elizete Ferreira Parnaíba Martins
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Cap. 15 – SEMANA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE SÃO JOÃO DO RIO DO PEIXE-PB: O ENSINO REMOTO FORTALECENDO INCLUSÃO
Luciana Dantas Sarmento da Silva, Francisca Maísa Maciel Gomes, Sandra Soares Sarmento e Maria Oliveira Gomes Soares
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Cap. 16 – AVALIAÇÃO E PRÁTICA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Aline Sarmento Coura Rocha, Maria Elisabete Pereira de Lacerda e Karina Ingredy Leite da Silva
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Cap. 17 – BIBLIOTECA ITINERANTE – UMA VIAGEM DE AVENTURAS E DESCOBERTAS DESEMBARCA NA SUA CASA
Alessandra Maria Inácio, Ana Paula Mendes e Maria Elivauma de Oliveira Fernandes
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Cap. 18 – SÍNDROME DE DOWN E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL COM ATIVIDADES REMOTAS
Maria do Socorro Garcia de Figueiredo e Marilene Ribeiro Gomes
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Cap. 19 – XADREZ: UM INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM
Patrícia de Medeiros Bezerra, Edla Medeiros de Azevedo Morais e Adriane Simplício de Medeiros Santos
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Cap. 20 – ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE IPUEIRA – RN EM TEMPOS DE PANDEMIA: NARRATIVAS TÉCNICAS E PEDAGÓGICAS
Naide Lopes de Morais e Dione de Medeiros Lima
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Este livro é composto por dez textos onde se reflete sobre questões relacionadas com o conceito do Empreendedorismo na Educação, com destaque para a sua mutação e transformação no sentido do Coempreender.
Em tempos da Sociedade em Rede, percebemos a necessidade de deixar registrado que não faz sentido ver o empreender na educação separado do Coempreender. Ao agregar o prefixo “Co” retiramos a carga do individualismo, do darwinismo social e digital para reforçar as formas colaborativas e cooperativas tão necessárias à vida do Século XXI.
Ao compartilhar este livro, é intenção dos autores estimular outros estudantes, professores/as e pesquisadores/as para realizar projetos de educação coempreendedora juntando seus frutos a esta Árvore do Coempreender.
In Apresentação, os autores, Karine Pinheiro (U. Federal do Cariri/Brasil) e Bento Silva (U. do Minho/ Portugal)
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Aqui temos o COEMPREENDER! Um trabalho lindo, autoral, de ressignificação de conceitos e práticas. Temos uma autoria forjada na pesquisa-ação implicada. Este livro é um relatório de pesquisa que inovou com um tema “vespeiro”. Inovou porque não focou o empreendedorismo neoliberal numa ação individual e sim coletiva. Coletiva porque as pessoas envolvidas e seus coletivos são atores e atrizes de políticas públicas e de formação em dois países, Brasil e Portugal. Aqui os casos são culturalmente situados e contrastados. O digital em rede é fundante para mais redes e conexões com pessoas se autorizando em redes. Criação coletiva com a para o bem comum
In Prefácio, Edméa Santos (U. Federal Rural do Rio de Janeiro/ Brasil)
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No caso do coempreender, eu destaco a relevância de parcerias para resiliência e responsividade. Trata-se de um conceito extremamente importante para ser refletido na prática educacional de modo contextualizado na contemporaneidade para preparar aprendizes e educadores para melhor compreender o contexto em que vivemos e coempreender diante de adversidades para construir um futuro melhor agora, sustentável em 2030 e próspero em 2050. E agora?
Nós, coempreendedores temos um papel fundamental na educação das crianças desde tenra idade para uma mentalidade coempreendedora responsável pronta para identificar problemas, buscar conhecimentos de forma colaborativa, contatar especialistas necessários a coaprender e coinvestigar para coempreender de forma colaborativa, iniciativa, responsiva e responsável.
As sementes estão prontas para serem semeadas, e agora?
In Posfácio, Alexandra Okada (Open University/ Inglaterra)
Existe uma máxima que afirma que: “ou publica ou perde”. Nesse sentido, é óbvio que a relação entre agir e escrever é necessária enquanto registro de um povo letrado, que passa os achados e conquistas uns aos outros, além da tradição oral. Em verdade, quase tudo que se publica é o reflexo ou o resultado do que se realiza enquanto pesquisador, cientista e, no nosso caso, como profissional, constitui-se modo de refletir sobre o trabalho realizado, partilhando boas ideias e servindo de luz para o caminhar de outros profissionais. A palavra escrita completa a palavra falada. Ambas induzem à ação. Tem razão o Pe. Antônio Viera. Assim, a palavra pode semear, fundar a ideia, mas para colhê-la, viver, agir é preciso, e mais ainda partilhar com outros.
De acordo com essas reflexões, este e-book compila relatos de experiências em boas práticas das escolas circunscritas a 9ª Diretoria Regional da Educação e da Cultura (9ª DIREC) que se compõe por: Currais Novos, Cerro Corá, Lagoa Nova, Tenente Laurentino, Florânia, São Vicente, Acari, Cruzeta, Parelhas, Carnaúba dos Dantas, Santana do Seridó, Equador. Definimos o Percurso Formativo 2020-2021 da 9ª DIREC em meio aos desafios impostos pela pandemia da COVID-19. De forma brusca e inesperada, com a circulação do novo coronavírus, todos tivemos que ficar em casa, em isolamento, o que gerou muitas incertezas e dúvidas de como seriam os próximos dias. Durante esse período, todos nós da Educação criamos novos fazeres pedagógicos e nos recriamos, coletivamente, ao buscar estratégias diferentes e ressignificadas para as respostas aos desafios que se descortinavam. Esse passado ainda não está acabado. Estamos em 2022 e ainda vivenciamos boa parte de todas as incertezas que a volatilidade deste século e do mundo atual nos expõem. Aqui, neste E-book, temos as nossas narrativas sendo vividas nesse novo tempo histórico.
A partir do contexto situado, muitas das questões sobre a crise da escola afloraram em um processo mais alargado temporalmente, e ainda atualmente, nesse início de 2022, a tensão da aceleração de seu processo no tempo histórico nos atravessa diariamente, ajudando-nos a construir novos sentidos para nossa vida, para o trabalho, para a escola e a para nossa atuação como sujeitos sociais e históricos. Cada um de nós é constituído de história, de experiências, de fragmentos das nossas memórias.
O movimento de escrever sobre essas vivências da escola é uma forma de nos reencontrarmos com essa história inédita, revisitar caminhos percorridos e vividos que foram fundamentais para nos tornarmos o que somos hoje. Deixamos o nosso registro, posto que a escrita eterniza e imprime a nossa marca na história. A pandemia ampliou nossas relações, os nossos diálogos, os nossos encontros: remotos ou presenciais, síncronos ou assíncronos. As noções temporais foram relativizadas, e a percepção das múltiplas temporalidades, nas quais se inscrevem os eventos, legitima o seu sentido como um passado que permanece, assola o presente e transita entre superações e resistências em um movimento que permite vislumbrar temporalidades múltiplas em um só objeto de estudo: a escola, os seus sujeitos e a nova forma de fazê-la, com ações, muitas vezes controversas. O fato é que, em âmbito local, regional ou global, a Educação Escolar dificilmente começará algo do zero, e isso mudará radicalmente os seus rumos.
Vamos refletir o movimento de ação-reflexão-ação como processo formativo durante a trajetória da execução das atividades não presenciais e até presenciais. Desejamos a todos uma ótima leitura e que a nossa marca aqui deixada contribua para novos fazeres na escola pública. Somos esse público resiliente!
Palavras-Chave: Ensino remoto. Contexto pandêmico. Currículo.
O livro on-line Pureza: um pedacinho do Brasil consiste em uma pesquisa de campo de inspiração antropológica cultural sobre o patrimônio imaterial do município de Pureza, no Rio Grande do Norte (RN). As ideias presentes nas seções do texto se estruturam a partir das questões problematizadoras: 1) Quais as características de diferentes aspectos (história, cultura, economia, educação, arquitetura, meio ambiente, lendas, mitos, costumes, entre outros) de Pureza no tempo passado? 2) Como viviam os seus primeiros moradores? 3) O que de ontem permanece presente em Pureza hoje?