Existe uma máxima que afirma que: “ou publica ou perde”. Nesse sentido, é óbvio que a relação entre agir e escrever é necessária enquanto registro de um povo letrado, que passa os achados e conquistas uns aos outros, além da tradição oral. Em verdade, quase tudo que se publica é o reflexo ou o resultado do que se realiza enquanto pesquisador, cientista e, no nosso caso, como profissional, constitui-se modo de refletir sobre o trabalho realizado, partilhando boas ideias e servindo de luz para o caminhar de outros profissionais. A palavra escrita completa a palavra falada. Ambas induzem à ação. Tem razão o Pe. Antônio Viera. Assim, a palavra pode semear, fundar a ideia, mas para colhê-la, viver, agir é preciso, e mais ainda partilhar com outros.
De acordo com essas reflexões, este e-book compila relatos de experiências em boas práticas das escolas circunscritas a 9ª Diretoria Regional da Educação e da Cultura (9ª DIREC) que se compõe por: Currais Novos, Cerro Corá, Lagoa Nova, Tenente Laurentino, Florânia, São Vicente, Acari, Cruzeta, Parelhas, Carnaúba dos Dantas, Santana do Seridó, Equador. Definimos o Percurso Formativo 2020-2021 da 9ª DIREC em meio aos desafios impostos pela pandemia da COVID-19. De forma brusca e inesperada, com a circulação do novo coronavírus, todos tivemos que ficar em casa, em isolamento, o que gerou muitas incertezas e dúvidas de como seriam os próximos dias. Durante esse período, todos nós da Educação criamos novos fazeres pedagógicos e nos recriamos, coletivamente, ao buscar estratégias diferentes e ressignificadas para as respostas aos desafios que se descortinavam. Esse passado ainda não está acabado. Estamos em 2022 e ainda vivenciamos boa parte de todas as incertezas que a volatilidade deste século e do mundo atual nos expõem. Aqui, neste E-book, temos as nossas narrativas sendo vividas nesse novo tempo histórico.
A partir do contexto situado, muitas das questões sobre a crise da escola afloraram em um processo mais alargado temporalmente, e ainda atualmente, nesse início de 2022, a tensão da aceleração de seu processo no tempo histórico nos atravessa diariamente, ajudando-nos a construir novos sentidos para nossa vida, para o trabalho, para a escola e a para nossa atuação como sujeitos sociais e históricos. Cada um de nós é constituído de história, de experiências, de fragmentos das nossas memórias.
O movimento de escrever sobre essas vivências da escola é uma forma de nos reencontrarmos com essa história inédita, revisitar caminhos percorridos e vividos que foram fundamentais para nos tornarmos o que somos hoje. Deixamos o nosso registro, posto que a escrita eterniza e imprime a nossa marca na história. A pandemia ampliou nossas relações, os nossos diálogos, os nossos encontros: remotos ou presenciais, síncronos ou assíncronos. As noções temporais foram relativizadas, e a percepção das múltiplas temporalidades, nas quais se inscrevem os eventos, legitima o seu sentido como um passado que permanece, assola o presente e transita entre superações e resistências em um movimento que permite vislumbrar temporalidades múltiplas em um só objeto de estudo: a escola, os seus sujeitos e a nova forma de fazê-la, com ações, muitas vezes controversas. O fato é que, em âmbito local, regional ou global, a Educação Escolar dificilmente começará algo do zero, e isso mudará radicalmente os seus rumos.
Vamos refletir o movimento de ação-reflexão-ação como processo formativo durante a trajetória da execução das atividades não presenciais e até presenciais. Desejamos a todos uma ótima leitura e que a nossa marca aqui deixada contribua para novos fazeres na escola pública. Somos esse público resiliente!
Palavras-Chave: Ensino remoto. Contexto pandêmico. Currículo.
TRAVESSOAS DE UM SERTANEJO
O livro conta a história de um menino filho de um agricultor que até seus 6 anos de idade viveu no seio familiar na zona rural em harmonia com a natureza. Perdeu o pai e a partir desse fato vivenciou as maiores adversidades possíveis.
Um pequeno camponês que se vê obrigado a deixar o campo e migrar para a cidade a procura de sua sobrevivência e dos seus familiares.
Sua história é de muita luta, desde a perda do seu pai até os trabalhos que se submetia para adquirir o seu sustento e dos demais irmãos.
Mesmo indo tardiamente a Escola, viu naquele ambiente, uma oportunidade de mudança de vida. Sempre intercalou suas responsabilidades familiares (carregar água, realizar mandados de prostitutas e etc.) com os estudos e apesar da dificuldade, conseguiu se tornar um vencedor e hoje, se orgulha de chegar onde chegou.
A exposição virtual Leituras de mundo em leituras da vida na Obra de Paulo Freire, além de celebrar o centenário do ilustre professor no ano de 2021, é uma homenagem à presença de seu pensamento para educação. A preservação do legado do Patrono da Educação Brasileira passa pela memória individual e coletiva dos que apreciaram suas obras e conheceram sua trajetória.
Em uma verdadeira celebração, a Exposição reúne fotografias acompanhadas de relatos emocionantes. Os participantes foram convidados a enviar uma foto segurando um livro que leram de Paulo Freire, uma foto com o próprio Paulo Freire, ou ainda, de algum evento que tenha participado com o educador. Desse modo, as memórias ganharam forma e vida abrindo espaço aos múltiplos olhares desses leitores, ressignificando as obras do autor e, em casos mais especiais, os momentos vividos com ele.
Convidamos todos a fazerem parte do resgate da trajetória e da obra de Paulo Freire através de diferentes olhares e perspectivas, mergulhando nos registros fotográficos e nas vozes dos colaboradores dessa Exposição.
Permitam-se memorar a obra de Paulo Freire!
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A presente obra intitulada Com a palavra… os profissionais da educação consiste numa coletânea que apresenta relatos de experiências de profissionais atuantes na área educacional. As ideias presentes nas seções desta coletânea se estruturam a partir das questões problematizadoras: 1) Quais são os desafios e percalços enfrentados por profissionais que trabalham na área da educação na atualidade? 2) O que dizem eles sobre suas vidas profissionais? 3) Quais são os debates teóricos possíveis de se realizar, a partir das experiências vividas nas instituições de ensino? A realização deste trabalho partiu da necessidade de abrir espaço para se ouvir as vozes daqueles que trabalham na área. Partimos de uma compreensão de que existem muitas histórias vividas no ambiente escolar que devem ser conhecidas, e relatadas por aqueles que as viveram.