As 14 cartas aqui expostas, como capítulos deste e-book, trazem diálogos que demonstram o esforço intelectual de alguns alunos/as da disciplina para demarcar um momento difícil na vida de toda a humanidade, com uma produção científico-acadêmica (coletiva) ensaística, histórica, epistemológica, cultural e dialética.
Essas cartas trazem a beleza da arte epistolar da escrita com seu aparato estético e moral presente nas narrativas, ora saudosas e poéticas e ora prosaicas e descritivas re/memorias.
O esforço reflexivo e analítico desses mestrandos e doutorandos missivistas possibilita observar a convergência para uma sinergia de ideias e valores necessários à compreensão da ciência e de sua produção como bem comum da humanidade, e dos cuidados necessários ao fazer científico com prudência considerando-se seus dilemas como ensinam os autores mobilizados nas cartas.
Este livro é composto por dez textos onde se reflete sobre questões relacionadas com o conceito do Empreendedorismo na Educação, com destaque para a sua mutação e transformação no sentido do Coempreender.
Em tempos da Sociedade em Rede, percebemos a necessidade de deixar registrado que não faz sentido ver o empreender na educação separado do Coempreender. Ao agregar o prefixo “Co” retiramos a carga do individualismo, do darwinismo social e digital para reforçar as formas colaborativas e cooperativas tão necessárias à vida do Século XXI.
Ao compartilhar este livro, é intenção dos autores estimular outros estudantes, professores/as e pesquisadores/as para realizar projetos de educação coempreendedora juntando seus frutos a esta Árvore do Coempreender.
In Apresentação, os autores, Karine Pinheiro (U. Federal do Cariri/Brasil) e Bento Silva (U. do Minho/ Portugal)
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Aqui temos o COEMPREENDER! Um trabalho lindo, autoral, de ressignificação de conceitos e práticas. Temos uma autoria forjada na pesquisa-ação implicada. Este livro é um relatório de pesquisa que inovou com um tema “vespeiro”. Inovou porque não focou o empreendedorismo neoliberal numa ação individual e sim coletiva. Coletiva porque as pessoas envolvidas e seus coletivos são atores e atrizes de políticas públicas e de formação em dois países, Brasil e Portugal. Aqui os casos são culturalmente situados e contrastados. O digital em rede é fundante para mais redes e conexões com pessoas se autorizando em redes. Criação coletiva com a para o bem comum
In Prefácio, Edméa Santos (U. Federal Rural do Rio de Janeiro/ Brasil)
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No caso do coempreender, eu destaco a relevância de parcerias para resiliência e responsividade. Trata-se de um conceito extremamente importante para ser refletido na prática educacional de modo contextualizado na contemporaneidade para preparar aprendizes e educadores para melhor compreender o contexto em que vivemos e coempreender diante de adversidades para construir um futuro melhor agora, sustentável em 2030 e próspero em 2050. E agora?
Nós, coempreendedores temos um papel fundamental na educação das crianças desde tenra idade para uma mentalidade coempreendedora responsável pronta para identificar problemas, buscar conhecimentos de forma colaborativa, contatar especialistas necessários a coaprender e coinvestigar para coempreender de forma colaborativa, iniciativa, responsiva e responsável.
As sementes estão prontas para serem semeadas, e agora?
In Posfácio, Alexandra Okada (Open University/ Inglaterra)
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, é promovido pela coordenação de Pessoal de Nível Superior – CAPES, através do Ministério da Educação – MEC. O PIBID é exclusivamente implantado nas Instituições de Ensino Superior – IES, através de convênios com a CAPES. O Projeto chegou no Instituto Federal de Educação, Ciência Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) em 2009 e foi implantado diretamente na Licenciatura em Física. O conteúdo do livro se apresenta como relevante por expressar a experiência de bolsistas do PIBID na formação e na prática docente dentro da licenciatura em Física. O objetivo da pesquisa desenvolvida é analisar de forma crítica o PIBID dentro da Licenciatura de Física do IFRN, no Campus Natal Central (Cnat). Para que fosse possível realizar essa análise, buscamos interpretar de forma crítica e reflexiva os motivos que levaram alguns alunos bolsistas do PIBID a se evadirem do curso, o impacto do projeto na formação daqueles que concluíram, assim como as falas dos coordenadores da Licenciatura e do Projeto Institucional. Metodologicamente, a pesquisa é realizada por meio do levantamento de dados, ou seja, será uma pesquisa de campo atrelada a análises documentais. Logo, destacamos a relevância da pesquisa apresentada neste livro, uma vez que poderá colaborar para que as instâncias superiores possam avaliar a importância desse projeto dentro de uma licenciatura com escassez de alunos, como em física, mostrando, assim, que o programa é uma forma de amenizar as dificuldades encontradas na formação de professores. Com isso, diante dos achados da pesquisa, chegamos à conclusão de que o PIBID é uma importante atividade dentro da Licenciatura em Física do IFRN Cnat pois concorre para a permanência com êxito dos licenciados.
Palavras-chave: PIBID. IFRN. Licenciatura em Física. Formação de Professor.
Existe uma máxima que afirma que: “ou publica ou perde”. Nesse sentido, é óbvio que a relação entre agir e escrever é necessária enquanto registro de um povo letrado, que passa os achados e conquistas uns aos outros, além da tradição oral. Em verdade, quase tudo que se publica é o reflexo ou o resultado do que se realiza enquanto pesquisador, cientista e, no nosso caso, como profissional, constitui-se modo de refletir sobre o trabalho realizado, partilhando boas ideias e servindo de luz para o caminhar de outros profissionais. A palavra escrita completa a palavra falada. Ambas induzem à ação. Tem razão o Pe. Antônio Viera. Assim, a palavra pode semear, fundar a ideia, mas para colhê-la, viver, agir é preciso, e mais ainda partilhar com outros.
De acordo com essas reflexões, este e-book compila relatos de experiências em boas práticas das escolas circunscritas a 9ª Diretoria Regional da Educação e da Cultura (9ª DIREC) que se compõe por: Currais Novos, Cerro Corá, Lagoa Nova, Tenente Laurentino, Florânia, São Vicente, Acari, Cruzeta, Parelhas, Carnaúba dos Dantas, Santana do Seridó, Equador. Definimos o Percurso Formativo 2020-2021 da 9ª DIREC em meio aos desafios impostos pela pandemia da COVID-19. De forma brusca e inesperada, com a circulação do novo coronavírus, todos tivemos que ficar em casa, em isolamento, o que gerou muitas incertezas e dúvidas de como seriam os próximos dias. Durante esse período, todos nós da Educação criamos novos fazeres pedagógicos e nos recriamos, coletivamente, ao buscar estratégias diferentes e ressignificadas para as respostas aos desafios que se descortinavam. Esse passado ainda não está acabado. Estamos em 2022 e ainda vivenciamos boa parte de todas as incertezas que a volatilidade deste século e do mundo atual nos expõem. Aqui, neste E-book, temos as nossas narrativas sendo vividas nesse novo tempo histórico.
A partir do contexto situado, muitas das questões sobre a crise da escola afloraram em um processo mais alargado temporalmente, e ainda atualmente, nesse início de 2022, a tensão da aceleração de seu processo no tempo histórico nos atravessa diariamente, ajudando-nos a construir novos sentidos para nossa vida, para o trabalho, para a escola e a para nossa atuação como sujeitos sociais e históricos. Cada um de nós é constituído de história, de experiências, de fragmentos das nossas memórias.
O movimento de escrever sobre essas vivências da escola é uma forma de nos reencontrarmos com essa história inédita, revisitar caminhos percorridos e vividos que foram fundamentais para nos tornarmos o que somos hoje. Deixamos o nosso registro, posto que a escrita eterniza e imprime a nossa marca na história. A pandemia ampliou nossas relações, os nossos diálogos, os nossos encontros: remotos ou presenciais, síncronos ou assíncronos. As noções temporais foram relativizadas, e a percepção das múltiplas temporalidades, nas quais se inscrevem os eventos, legitima o seu sentido como um passado que permanece, assola o presente e transita entre superações e resistências em um movimento que permite vislumbrar temporalidades múltiplas em um só objeto de estudo: a escola, os seus sujeitos e a nova forma de fazê-la, com ações, muitas vezes controversas. O fato é que, em âmbito local, regional ou global, a Educação Escolar dificilmente começará algo do zero, e isso mudará radicalmente os seus rumos.
Vamos refletir o movimento de ação-reflexão-ação como processo formativo durante a trajetória da execução das atividades não presenciais e até presenciais. Desejamos a todos uma ótima leitura e que a nossa marca aqui deixada contribua para novos fazeres na escola pública. Somos esse público resiliente!
Palavras-Chave: Ensino remoto. Contexto pandêmico. Currículo.